Policiais disfarçados prendem 13 candidatos por tentativa de fraude em concurso público no Pará

Neste domingo (16), policiais civis disfarçados de fiscais realizaram a operação “Gabarito Final” durante a aplicação de um Concurso Público Estadual na região metropolitana de Belém. A ação resultou na prisão em flagrante de 13 pessoas por tentativa de fraude e associação criminosa.

Os casos ocorreram em locais de prova em Castanhal e em Belém, nos bairros do Marco, Umarizal e Val de Cans. Entre os detidos, estavam indivíduos flagrados utilizando aparelhos celulares em miniatura e relógios digitais estrategicamente escondidos em roupas, partes íntimas e calçados.

De acordo com o delegado-geral Walter Resende, o esquema criminoso envolvia professores especialistas que se inscreviam nos certames, realizavam as provas e transmitiam as respostas para os candidatos envolvidos. “O grupo já havia tentado fraudar outros concursos públicos no Pará e operava a partir de um núcleo em Abaetetuba”, explicou.

Durante a operação, foram apreendidos vários aparelhos celulares de tamanho reduzido, além de celulares pessoais e relógios digitais utilizados no crime. Os criminosos cobravam até R$ 10 mil de cada candidato em troca do gabarito das provas.

O superintendente regional Mhoab Khayan destacou a atuação discreta e eficiente dos policiais. “Eles monitoraram os locais de prova e abordaram os suspeitos no momento em que iam ao banheiro para verificar o gabarito, sem causar constrangimento aos demais participantes”, afirmou.

A operação foi realizada por equipes da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, Núcleo de Apoio à Investigação de Abaetetuba, Delegacia de Homicídios de Abaetetuba e Diretoria de Polícia Especializada (DPE). Os detidos foram conduzidos à DIOE, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante.

A ação reforça a importância da fiscalização rigorosa em concursos públicos para garantir a lisura dos processos seletivos e a igualdade de oportunidades para todos os candidatos.